Ops !
Ops !
Um nó
na língua
á míngua
na goela
traqueia
engasgo
atropela
a vela
que pinga
na promessa
que exaspera
esquecida
na viela
da tragédia
que se designa
impura
na luz
da lua
que no dia
expurga
a rusga
faminta
de escombros
de todos os
tombos
que as letras dão!
por entre suspiros
em vão...
entre sonhos nada sãos
de mim
e de tu
assim
flagelados
das secas
dos versos
nossos
caudalosos
de rios
sombrios
temerários
temporários
e esguios.
como
a
fome !
Márcia Poesia de Sá.