Mutações.
Virou-se por dentro e virou.
De ponta cabeça e de baixo pra cima,
Já não sabia onde era o começo,
E nem muito menos onde terminava.
Seus suspiros se dissipavam,
E em forma de garras rasgavam seus pensamentos.
Mas nada o impedia,
Da sua mutação abstrata.
Atentamente olhava, estático.
Aquele mesmo rosto, mas que mudava.
Um rosto velho
Que corroía o rosto novo.
E denovo
Era um novo corpo,
Um corpo diferente.
Que mudava completamente
Mas que sempre voltava a ser o mesmo.