ELEGIA do HEAVY-METAL
Cidade conquistada pelas multidões de garotos famintos
e criminosos criminosos de paixões mal encaradas
de paixão torturada
assassinos (nnoss!) ( nnoss!)
imundice bairros dopados fumegam cores nervosas
a polícia passa de olhos baixos
por toda a parte a violência imperiosa
submete lojas e supermercados
a violência
apenas divina
Garotos matam o tempo carregando o estandarte do crepúsculo
sangrado de metalurgia e vício (o deserto!) (o deserto!) (o deserto!)
engraxates falando por dígitos louvam ao Deus
atravessando rodovias de informática e crack
construindo paraísos diários sem intervalo
e devorando nossas veias até rasgar os espíritos
como um furacão de navalha
hibernando no sadismo
Garotos esfomeadamente assassinos reinando desordenagens
nas praças sórdidas das noites democráticas!!!
carros-vampiros devoram pedestres mastigando até o nó das gravatas
ainda sonhamos abater a Estátua da liberdade num leilão
mas a falência uiva em nossas portas
e uma Sodoma de números gelados
desaba sobre o agora
e o Anjo Vingador da Carestia
lambe a espada de fogo manchada do sangue degolado dos operários
numa greve de engasgar o silêncio,
minha linda, o cotidiano é apenas o motor dos carimbos
que envolvem o mundo nos negócios da escuridão