A MENINA E OPOETA
A menina , doce canção
É a leda inspiração
É a graça do poeta
Ele traduz a canção
A tristeza do coração
E a caminhada certa
Ela é o botão que se abre
Ele a musica que cabe
No coração da divina
Na melancolia do dia a dia
Seus versos levam alegria
A alma dessa menina
Na quietude da fria noite
Ela sente a dor do açoite
Do amor que não pode ter
Amanhã , que caia a venda
Assim talvez ela entenda
O que o poeta quer dizer
Desde a luz da nascente
Até o crepúsculo do poente
O poeta fala de amores
A menina nada percebe
Todavia o acaso bebe
Na taça dos dissabores
Amenina altiva aparece
O poeta sucumbe , desaparece
Nas cinzas do seu vulcão
Seus versos é o remédio
Pra curar o amargo tédio
Do poeta da solidão
Menina seu nome é amor
O poeta é um sonhador
Vive de sonho a sonhar
A menina é a transformação
O trovador é a ficção
Que em seus versos vive a contar ...
José Braz da Costa