RASTEJANDO COMO UMA LAGARTA
Já é tarde! Estou cansada.
Espio a noite constelada
Catando estrelas e luares
Sonhando acordada!
Rastejando como uma lagarta
Solitária e abandonada...
Sofrendo minha dor calada
Respirando etílica poesia.
Digitais amargas talhadas com o mosto
Restos, fragmentos que sobrou...
De teu amargo tinto vinho.
Dói! Dói sim é uma dor sem fim...
Saber que tua alma desalmada
Não sente nada, nada mais por mim.
Perambulando bêbado na noite insone.
Gótico! Umbroso cenário!
Em completo desalinho sem ninho.
Choro! E toda lágrima que derramo
É um verso triste do poema que declamo.
Sofrendo calada a minha e a tua dor.