NO IMO DO NONSENSE

Nu...vem coraçâo

Despido ao relento frio...

Desabrigado...
Triste vê-lo encolhido...

Na marquise circunflexo!

Batendo baixinho um sino triste...

dim dom pom pom

No medo de não ser mais ouvido

Pedindo a mente que grite

Talvez esteja morrendo...

Olhando invertido

Sem sentido...

Céleres nuvens efêmeras

nos pedacinhos de céu

Farrapos d' alma...

Espectros sem cor

Flores descolores!

Espinhos sem rosas

Cactos em fruteiras sobre mesas

Quão tristes... as margaridas solitárias...

Águas de lago, salgadas...

Revoltas

Mar doce sem ondas

Nem cheiro de maresia...

Cascatas sem quedas!

Rochas de areia

Castelos sem pedras

Múmias espertas!

Em meio ao terror alegre

Verões agasalhados sem sol

Invernos quentes de fogo fáctuo

Outono sem folhas secas

Primavera que sem flores veras não prima...

Frias nuvens...

Chuvas de granizo

Degelo bege poluído...

Vem nu o pobre coitado...

Sem amor ...esmaecido

Coração exaurido lua opaca vê

O lado escuro em combustão...

Imaginário finito Ponto