PRESUNÇÃO

Não são os montes

Mais altos que

O querer que há em mim

Nem mais extensos

Os infinitos mares

Que ao compararmos

Intentam nos diminuir.

Aos lugares íngremes

Vou contornando espinhos

Persigo caminhos

Escalo com fé

E se caio, me recupero

Tem que ser de pé.

Não são meus dias

Feitos com todas as horas

Os ponteiros se desconfiguram

Adiantam e se alteram

Perece, e o dia vai-se embora.

Desejo longos dias

Pra que se faça diferença

Em muitos detalhes

São caprichos do meu ego

As vezes consternados

Mas todas as vezes

São partículas de presunção

Consideradas ,não curadas,

Fanfarronices sem limites

Que me tiram do foco

Dos limites da minha vida

Muitas e muitas vezes

Mal interpretadas.

FATIMA KALIL
Enviado por FATIMA KALIL em 23/07/2015
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