PRESUNÇÃO
Não são os montes
Mais altos que
O querer que há em mim
Nem mais extensos
Os infinitos mares
Que ao compararmos
Intentam nos diminuir.
Aos lugares íngremes
Vou contornando espinhos
Persigo caminhos
Escalo com fé
E se caio, me recupero
Tem que ser de pé.
Não são meus dias
Feitos com todas as horas
Os ponteiros se desconfiguram
Adiantam e se alteram
Perece, e o dia vai-se embora.
Desejo longos dias
Pra que se faça diferença
Em muitos detalhes
São caprichos do meu ego
As vezes consternados
Mas todas as vezes
São partículas de presunção
Consideradas ,não curadas,
Fanfarronices sem limites
Que me tiram do foco
Dos limites da minha vida
Muitas e muitas vezes
Mal interpretadas.