Papel Cibernético
O que seria deles sem você papel?
Tu como confidente paciente escuta o que lhe é dito
Tu sabes dos desamores, dos desabafos, das indiretas
É em você que esta a história, ou como gostariam que ela fosse
É em você que os rostos são desenhados, as idéias descritas
Os projetos a serem executados, sua superfície branca talvez
Liberte nossa imaginação e é irresistível
Não rabiscar, apagar dobrar amassar...
Muito conhecimento em ti reside depois que as mãos sábias lhe transferiram a palavra, muitos ainda não entendem ou não vêem interesse em ti...
Muitos ainda recorrem a suas páginas recobertas de gravuras, informações, ditados e lições,
De sentimentos e poeira como antigamente, mas tu tens perdido espaço...
Mesmo este que escrevo é um papel imaginário, como muita coisa de hoje em dia...
Mas nós atrelados as paixões e lembranças ainda permitimos o romantismo da aparência
Tu ainda que não papel, continuará a ser papel, branco amarelado, com imagens esmaecidas
Ainda é papel...
E qualquer um que abra este papel chamado de arquivo de texto ainda terá a sensação de abrir as páginas
De um livro, assim espero de ti, que passa os olhos nestes novos pergaminhos espalhados pela rede...
E onde houver uma face apática a vontade do palhaço de trocá-la por um sorriso irá surgir...
Assim há de surgir um (a) novo (a) poeta (isa), junto com ele (ela) a vontade, não de guiá-lo (la), mas de fazê-lo (la) perder-se ainda mais no mundo dos sentimentos
E onde houver uma mente curiosa haverá ainda livros para saciá-la, poesia para encantar e pensamentos para refletir...
Assim minha criatividade como ave frente à brisa sem muito pensar abre as asas, eu com minha pluma imaginária aqui deposito minhas palavras...
e não importam o que digam ou o quanto avancemos no tempo...
Ainda serão escritas em um pedaço de papel...