GOTAS FLAMEJANTES
Onde te escondes?
Entre os arbustos da decepção?
Vem aqui, dá-me teu cântaro!
Quero ser diáfano de tua luz!
Por que o choro das águas?
Leva-te até o sepulcro da vergonha...
Crisálidas? Não, metamorfoses dos sonhos...
Gotas flamejantes, centelhas de tua ira,
Por que cospes na face de tua ascendência?
Por que te desnudas de tua inocência?
Revestistes de lodo tua íntima flor?
Vomita, por teus poros, o teu opróbrio,
E sepulta a desonra da tua dor!