BLASFÊMIA

Um reino novo

Surge sob as nuvens

Num prato negro e com luzes verdes

Atrai jovens á sua direção

Onde nos da prazer e diversão por meros instantes

O orgasmo da santa

Que desce a montanha

Numa noite de sábado

Estraga a festa das putas nas colinas

Estraga a festa do padre com as crianças

E as mães com os pais em baixo do lençol

Olham pela janela e vêem chegar até eles uma pureza

Santas indefesas

Santas devassas

Santas depravadas

Cuja carne está putrefata

Fim do dia

Fim da agonia

Deus seduz a menina

Que passeia na vinha

Sozinha

Com o coração acelerado

Ele quer colocar em sua barriga

Uma única sementinha

O rio é fundo

E as águas custam a chegar a sua margem

O medo nunca acaba

Tal sentimento nunca passa

Os cachorros se auto-mutilam nas calçadas

Na sedenta tarde de sexta

Acabou o terror da guerra

Vamos voltar a viver e cultivar a terra

Com nossas gotas de esperma

Mauricio Rocha
Enviado por Mauricio Rocha em 08/07/2015
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