BLASFÊMIA
Um reino novo
Surge sob as nuvens
Num prato negro e com luzes verdes
Atrai jovens á sua direção
Onde nos da prazer e diversão por meros instantes
O orgasmo da santa
Que desce a montanha
Numa noite de sábado
Estraga a festa das putas nas colinas
Estraga a festa do padre com as crianças
E as mães com os pais em baixo do lençol
Olham pela janela e vêem chegar até eles uma pureza
Santas indefesas
Santas devassas
Santas depravadas
Cuja carne está putrefata
Fim do dia
Fim da agonia
Deus seduz a menina
Que passeia na vinha
Sozinha
Com o coração acelerado
Ele quer colocar em sua barriga
Uma única sementinha
O rio é fundo
E as águas custam a chegar a sua margem
O medo nunca acaba
Tal sentimento nunca passa
Os cachorros se auto-mutilam nas calçadas
Na sedenta tarde de sexta
Acabou o terror da guerra
Vamos voltar a viver e cultivar a terra
Com nossas gotas de esperma