INQUILINO DE MIM

Dentro de mim

mora um poema

que vez por outra

sai para um passeio

sem fim.

Vai procurar a rima

quebrada num verso

quase perfeito;

volta com a palavra

que não me anima.

O poema que eu falo

mora em mim de graça,

tento cobrá-lo em vão

não me paga um tostão

e não consigo rasgá-lo.

Vilmar Daufenbach
Enviado por Vilmar Daufenbach em 16/06/2015
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