INQUILINO DE MIM
Dentro de mim
mora um poema
que vez por outra
sai para um passeio
sem fim.
Vai procurar a rima
quebrada num verso
quase perfeito;
volta com a palavra
que não me anima.
O poema que eu falo
mora em mim de graça,
tento cobrá-lo em vão
não me paga um tostão
e não consigo rasgá-lo.