Loucura

"Nunca existiu uma grande inteligência,

sem uma veia de loucura"

Aristóteles

Loucura

Quem quiser me enganar

Enganar-se-á si próprio

Subi ladeiras

Desci escadas

Com meus próprios pés

Se ando de cabeça baixa

Corcunda

Curvado

Cabisbaixo

Caolho

Beiçudo

Carrancudo

Moribundo!

É a loucura plainando em mim...

"Ninguém de perto é normal"

Já disseram algo assim...

Chega:

Não sou nada disso...

Adoro voar e conversar com colibris

E gargalhar com borboletas

E também ser Primavera

Despetalar de uma flor

As vezes:

Não quero ver o outro

Se me chamar

Tocar meu ombro

Fico louco

Sou débil sem cura

Tenho um cofre com chave

Escondido em uma gaveta

Onde guardo minha loucura

E a loucura não satisfeita,

Fica na gaveta, gemendo, gemendo!

Abro a gaveta:

Jogo um copo d'água quente!

Ela fica gritando, gritando!...

Moro em sua cabeça, Poeta!...

Grita Ela, da gaveta:

Sou mais louco que ela,

Jogo um balde d'água fervente.

Tony Bahi@.

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 03/06/2015
Reeditado em 03/06/2015
Código do texto: T5264961
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