Loucura
"Nunca existiu uma grande inteligência,
sem uma veia de loucura"
Aristóteles
Loucura
Quem quiser me enganar
Enganar-se-á si próprio
Subi ladeiras
Desci escadas
Com meus próprios pés
Se ando de cabeça baixa
Corcunda
Curvado
Cabisbaixo
Caolho
Beiçudo
Carrancudo
Moribundo!
É a loucura plainando em mim...
"Ninguém de perto é normal"
Já disseram algo assim...
Chega:
Não sou nada disso...
Adoro voar e conversar com colibris
E gargalhar com borboletas
E também ser Primavera
Despetalar de uma flor
As vezes:
Não quero ver o outro
Se me chamar
Tocar meu ombro
Fico louco
Sou débil sem cura
Tenho um cofre com chave
Escondido em uma gaveta
Onde guardo minha loucura
E a loucura não satisfeita,
Fica na gaveta, gemendo, gemendo!
Abro a gaveta:
Jogo um copo d'água quente!
Ela fica gritando, gritando!...
Moro em sua cabeça, Poeta!...
Grita Ela, da gaveta:
Sou mais louco que ela,
Jogo um balde d'água fervente.
Tony Bahi@.