CÉUS DO HIMALAIA, de "O Plasma"
Em meio às trevas silenciosas
um par de olhos
perscruta
o interior
de minha alma.
O misterioso vulto
caminha
comigo
em silêncio.
Não conversamos.
Apenas nos olhamos.
Não penso,
não ouço,
não vejo.
Contemplo
o Pouso dos Anjos
e admiro o fator Y
da incoerência.
Não tenho medo,
não tenho fome.
Sei
do que eu sinto.
Os sistemas lógicos
me alimentam.
Não choro,
não rio,
não falo.
Bebo
deslumbrado
os raios
do Espelho Vivo.