Anjo da Morte
Sentado enquanto a observa,
Lê em seu livro minuciosamente,
Procurando pelo que passou ela
No tempo em que seu corpo era quente.
Soa como curiosidade,
porém, é parte de sua função.
Ceifar pode ser uma arte,
Se executada com atuação.
O anjo gosta de atuar
Um papel de juiz que não julga,
Fá-lo para aproveitar,
Dos céus, sua breve fuga.
Outra alma comum, uma boa senhora.
Com sua foice recolhe dela, essência.
Ergue suas asas e vai embora,
Finalizando, dela, atual existência.