Hospedeiros
Elas tem o hábito de se apoderar
Dirigir-nos a palavra
Atingir o alvo no centro da alma
Enxergar os ingredientes de que são feitos nossos sonhos
Lançam seus tentáculos em nossas emoções
Segura-as com ventosas acariciantes
Inebria-nos diuturnamente
Criam a crosta de sua estada lancinante
Com seu passar constante em frente aos nossos olhos
Suas brumas são as ideias
A mansão é a nossa solidão
A música que tocam é inaudível ao farto
Mas com arpejos de palavras
Cargas de colcheias
E tons que nos elevam ao teto
Certas poesias nos desnudam com seus versos