Essa Poesia Morreu De Overdose.

Seringas no chão
Saúde no ralo...
Farmacêuticos viciados
Em Morfina.
Fábricas de solda
Fazem barulho.
O clube da cefaleia
Vomita cápsulas de aspirina.
O gravata e suas faces...
A cidade, o caos
E a solidão da vida.
O caminhão cheio de entulhos...
O frenético tecido
Dos braços cromossômicos...
O fim sem saída...
Cocaína e anabolizantes.
Na esquina, um assassinato.
Guerra de gangues...
Morreu aos trinta...
Morreu aos vinte...
Morreu aos dez...
Baldes e baldes de sangue.
O braço do homem...
As veias estouradas...
Heroína na artéria...
Essa poesia morreu de overdose séria!

 
Holofote Cerebral
Enviado por Holofote Cerebral em 12/04/2015
Reeditado em 25/04/2015
Código do texto: T5204594
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