Flancos frágeis
Quem sou eu?
Sou a autodefesa!
Austera e impessoal
Inconscientemente ágil
Juíza prematura e por vezes violenta
Quem é você?
É a carência sensível e ingênua?
Ou a maliciosa e lasciva aventureira?
Poderias ser o marginal e predador interesseiro,
Já que sequer revelas teu gênero
Camuflado inutilmente na aura das palavras
Verso, verso!
Tenhas cuidado com quem te emprestas como meio
Não deixes que manipulem teus nobres recursos para o mal
Que montem poemas usando teus encantos
Que trotem tuas rítmicas métricas
Ou abusem de tuas estéticas nesse vendaval
Faças uma triagem
Uma seleção,
Escolhas por linhagem, sabatinas, exames, carta de apresentação...
Poderás morrer de inanição
Mas, como eu não prescindiria de bela inquirição.