O conto do cemitério

Ao longe, vejo um vulto esfarrapado,esquelético

Caminhando em passos trôpegos

Entre lápides,flores e túmulos

-Deus! Será coisa do outro mundo?

A noite sem luar revela-se tenebrosa

Escura,fria,perigosa

Uma névoa misteriosa, sinistra,principia

Ao lado do grande portão,um velho cão uiva em tormentos

A coruja,seu canto soturno inicia

Tento gritar, não consigo e por medo

Me paraliso

Diante daquele ser tão estranho

Tenho mente e movimentos em atropelos

Arrepio de corpo e cabelos

Tal qual nas agonias dos maus sonhos

Pai de todos os pesadelos

Aproximando-se lentamente

A esquálida figura estende a mão

Como quem pede um pão...

Fim do mistério...

Aquele ser do outro mundo

Não passa de mais um maltrapilho moribundo

Sem teto, nem lar

Iguais a tantos outros

Que habitam e moram nos cemitérios.

jpsantos
Enviado por jpsantos em 04/04/2015
Código do texto: T5194243
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