NEGRO
Sou negro - na cor do rosto
Tenho escrito a maldição -
Embora dentro do peito
Bata humano coração;
Infeliz rojo na terra
Os ferros da escravidão.
E nasci livre na selva
Mais livre do que ninguém
Ainda mais livre que os brancos
Que me encaram com desdém
Era mais justo do que êles
Que nos seus ferros me tem.
Nunca vi sequer a sombra
Lá na selva de um senhor
Foi preciso haver um branco
Que fôsse conquistador . . .
Que tivesse a alma mais negra
Do que negra é a minha côr . . . !
08/06/07