Honesto com a morte

Ele era só mais um,

A caminhar onde eu já havia caminhado,

Mas ele foi honesto com a morte,

E pode ver algo mais...

Diante da figura milenar da morte,

Ele abriu seu coração,

Disse aquilo que nunca tinha dito,

Seus sentimentos verdadeiros...

A morte em forma de respeito,

Sentou-se para ouvir sua historia,

Ele tentou o truque mais antigo do mundo,

Barganhar com a morte...

Ai esta o momento que um homem,

Vê seu próprio fim...

Balançando a foice ela esta...

Seu tempo esta acabando...

Mas ele foi honesto com a morte,

Pensava que isso iria ajudar...

Em seu corpo,

Os ferimentos de um grave acidente.

A morte como uma entidade,

Sussurra em seu ouvido,

Por mais que queira viver,

As portas se abrem para ele...

Mas ele foi honesto com a morte,

Que aplaudiu sua coragem,

Mas isso não basta...

E sua honestidade,

Fez com que a morte o admirasse,

Mas não para deixá-lo viver,

Apenas por ser um homem com boa consciência...

Ele via seu tempo acabar,

E nada podia fazer,

Sentia-se mais fraco,

Aquele homem que sempre lutou...

Mas ele foi honesto com a morte,

Mas não ganhou muita coisa...

Então ele vive pelo nome que você escreve,

Ele vive pelo nome que você não conhece,

Como a historia de um homem,

Que luta eternamente contra sua própria morte...

Seu encontro com a morte virou guerra,

Achava que podia enfrentá-la,

Mas só teve mais dor,

Foi obrigado a ver sua família morrer de velhice,

Enquanto ele para sempre seria castigado...

E para sempre ele esta lá,

Sofrendo como um confuso,

Cheio de ódio,

Contra uma entidade que não pode vencer...

Ele caminha entre-nos,

Mas não podemos velo,

A morte não vai o deixar pedir ajuda,

Já faz tanto tempo...

A morte vem,

E leva nossas vidas,

E com o tempo a memória também,

E em um dia estaremos perdidos...

Cheio de ódio ele caminha,

Nos caminhamos,

Sem memória ele vaga por ai,

Nos vagamos por ai...

E assim cada dia se passa,

E ninguém consegue se lembrar,

Por que tanto ódio,

No final, ela ganhou...

Mas nos fomos honestos com a morte...

Só ocultamos a parte podre...

Cristiano Siqueira 14/03/15

cristiano siqueira
Enviado por cristiano siqueira em 14/03/2015
Código do texto: T5170247
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