PAIXÕES INCOMUNS
Paixões Incomuns
As primeiras paixões são violentas assim como as últimas.
Primeiro amamos nossos pais, são nossos tesouros, consolo de nossas agonias no choro,o peito da proteção,nas doenças o bálsamo da cura,a mão que protege, ilumina, fascina. Mas a vida nos faz crescer, e logo deixamos de amá-los com tanta intensidade. Tornamo-nos, adolescentes. Preferimos discutir, medir força, duvidar, ignorá-los. Temos novos amores: Apaixonamos nos perdidamente por novas amizades, pela gatinha que me faz sorrir,sonhar,encantar,e dela extrair flores para ofertar. Declamar belos poemas e pela estrada da vida mãos dadas quero caminhar. Mas a vida nos faz adultos e na busca pelo prazer; procriamos e dela, o grande amor diminuir. Vem se o tempo, com ele, os filhos; benção de Deus, razão de nossas vidas. Deles alimentamos nossos sonhos, vivemos para eles, e deles respiramos cada minuto de nossas vidas. Mas a vida nos faz amadurecer,tornamos nos velhos, eles crescem, tornam-se ativos,maduros e independentes. Perdemo-nos. O amor diminui a intensidade, e vem os netos, deles são toda a nossa atenção, brincadeiras, presentes de avô, nosso carisma, nossa proteção da experiência. Mas a vida nos faz desfalecer,e antes de um novo grande amor tenho que me despedir da vida para abraçar o meu maior temor, a maior das paixões do corpo: A própria MORTE.