Menina lua
Vi a menina lua, no céu, na tarde de sexta-feira,
Treze de um dia sem azar, de nuvens e vento;
Olhava admirada o sol que surgirá bem cedo,
E buscava desvendar aquele antigo segredo...
Revolvia dentro dela em forma de pensamento,
Queria ser parte do segredo sendo a primeira...
Que havia realmente tocado no coração sereno,
Seria tão bonito o enlace, um eclipse haveria;
E o amor seria visto nos olhos de outros seres,
A prata e a incandescência juntos em prazeres;
E um círculo de fogo, tão único, enfim se veria,
No sentir que em nenhum momento foi pequeno.
Vi a menina lua, tímida olhava, por vezes coberta,
Por nuvens ciumentas que a circundavam, mas ela;
Permanecia, e vagarosamente passeava pelo céu,
Fazia parte daquele universo, não vagava ao léu;
Observava os seres que iam e vinham longe dela,
Ela amava, sempre amaria, longe ou encoberta...