Da vida moderna
Da vida moderna
De amor, com amor, por amor,
nada vejo nas ruas frias quando passeiam juntos:
meu corpo e minha alma.
Há as flores do asfalto beijando a indiferença das pessoas que passam,
coisas inenarráveis, histórias do Lobo Mau.
A vida continua sendo intraduzível?
Marco Zero!
Estúpida noite onde ela e eu dormimos sós,
sem o alento da amizade.
A solidão corrói até a alma da alma do homem da alma.
Ser humano dá insônia, perturba,
cria descompassos e desidentidades.
Vou morar no circo onde me sou palhaço e Ser Humano,
poderei usar as tintas multicoloridas na face,
pintá-la com a cor das flores do asfalto, e tentar sorrir,
para as pessoas que transpassam,
fingir que não há mais nada, e sim, o tudo,
e a alegria não é mais um bicho cabeludo que veste terno e gravata.