Das coisas do mundo...
Mergulho de homem, mulher fria e molhada.
O peixe namorava o passarinho e a história voou debaixo do rio.
Se posso amar, vivo a plenitude de ser homem
e me comporto como um anjo que caiu do céu desavisado
para viver na terra
entre as mulheres de Deus.
Minha mãe me ensinou a andar. Me dizia das estradas...
e desaprendi a segui-las e passei a errá-las
e assim descobri o que era o mundo, quem era o mundo.
Mergulho nas mulheres. Sou rei frio como o fogo,
diferente como a neve das brasas que queimam friamente
sem olhar o sexo das almas.
O que me importa é o amor. Sou da vida em qualquer mundo que me abrigue.
Meus mergulhos são as metáforas que meus olhos mastigam
e meu coração abraça.
Sou o maior oceano dos meus rios.
O que me norteia é a correnteza das ruas,
lugares que me desensinaram a amar os caminhos
e a perder o rumo de certas estradas.