Conversa com a dama sombria
Ela é uma dama de negro de sorriso triste, que fascina e atrai a escuridão. Roubando o sossego e tirando a paz de minhas mãos. Beija-me com seus lábios frios e suga o que me resta de calor no coração. Aproxima-se mais um pouco e me faz uma confissão, sussurra em meus ouvidos uma triste e solitária canção, me diz que é só de tempo uma questão, me tornar o próximo frustrado vilão, que machucará a minha metade sem compaixão, mas para ela sorrio e digo que não. Mulher e pra ser amada sem traição, nem todas são iguais, sou fiel como mais leal cão. Depois da conversa pedi o seu nome e ela respondeu com a paciência de um ancião. Alguns me chamam de: abandono, desamparo, ostracismo e ermitão, mas pra você que já é intimo, chame-me de solidão.