Nas mãos tenho...
Em mãos tenho a semente, a serpente, a casca cuspida pelo Ogro
Todo um apanhado de celebridades ôcas na palma imersa ao céu!
Nas mãos de sempre, a certeza inglória, num desgaste de enfermo
O doente desprovido de amor, insanas farsas, cego no cenário anil
Em tempo tenho nas mãos sem nome, o sobrenome desconhecido
A minha conta é a do cálculo manual, neste que é matemática nula
Em mão o apoio no semblante que cerra os olhos na carícia morta
Aquela face pétrea, ajustada À soma de tudo restar após divisões
Nas mãos, pluralidade de mundo tatuados, emergentes horizontes
Envergo paramentos, as vestes do mago relutante, num penhasco
A minha magia, em mãos abertas, solenes pilares da criação tosca!
Semeio com elas a órbita que se esvazia de uma Lua nestes trapos
Na Terra, a terrena orgulhosa, o brilho dos olhares é o dos velhos!
Ouça-me, filho e mestre, que esta mãos te abençoe com destemor
Aquele horizonte é de mananciais que se aproximam como tapetes
A cobrirem os mestres e seus padrinhos com a mágica dos ventos
E muito ao longe, outros espelhos refletem a vontade de mil seres
Estou aqui e ali, em multidões, na legião de anjos que se perderam
Afinal eu sou o fim a que me destino, o morto a sentir as mãos vis
No fim seremos, eu e tu, os observadores sem mãos, e desiludidos
Em mãos tenho a semente, a serpente, a casca cuspida pelo Ogro
Todo um apanhado de celebridades ôcas na palma imersa ao céu!
Nas mãos de sempre, a certeza inglória, num desgaste de enfermo
O doente desprovido de amor, insanas farsas, cego no cenário anil
Em tempo tenho nas mãos sem nome, o sobrenome desconhecido
A minha conta é a do cálculo manual, neste que é matemática nula
Em mão o apoio no semblante que cerra os olhos na carícia morta
Aquela face pétrea, ajustada À soma de tudo restar após divisões
Nas mãos, pluralidade de mundo tatuados, emergentes horizontes
Envergo paramentos, as vestes do mago relutante, num penhasco
A minha magia, em mãos abertas, solenes pilares da criação tosca!
Semeio com elas a órbita que se esvazia de uma Lua nestes trapos
Na Terra, a terrena orgulhosa, o brilho dos olhares é o dos velhos!
Ouça-me, filho e mestre, que esta mãos te abençoe com destemor
Aquele horizonte é de mananciais que se aproximam como tapetes
A cobrirem os mestres e seus padrinhos com a mágica dos ventos
E muito ao longe, outros espelhos refletem a vontade de mil seres
Estou aqui e ali, em multidões, na legião de anjos que se perderam
Afinal eu sou o fim a que me destino, o morto a sentir as mãos vis
No fim seremos, eu e tu, os observadores sem mãos, e desiludidos