Mortos do vaso

Mortos do vaso

Sórdida, sínica e sinistra me assustou

quando eu fazia xixi no vazo que tinha

as fotos dos mortos, sua e de sua família.

Era ela mesmo fria, gelada na minha trilha.

Quando pensei em sair daquele lugar

mortífero, ela me disse: pensa que vai

embora e sorriu sinistramente, a morte

era mulher, era vadia era do mal me quer.

Enquanto eu me retorcia ela de longe só

assistia esperando meu agonizar sonífero.

Mas ela viu em sua escuridão que mata

que a fé e a força sobrenatural fura mais

que tiro e faca.

Mandei embora a vagabunda morte mulher

e vaca, sou um touro forte mato o morto e

mato o fato, tirem minhas roupas mas não

vão conseguir roubar os meus sapatos.

O NOVO POETA. (W.Marques).