Divas ex Machina - Uno
Cada lágrima na máquina expõe sua lubrificação enferrujada
Na antiguidade da mecânica em ruína os amores desistem...
Senti a cada peça, em cada ímpia engrenagem antiga, a dôr
Na dolorida relatividade, o amôr friorento, sentimentos vãos
A paixão entre os fusos e parafusos são inúteis ou estéreis
Onde erguer-se a mão humana é abstração dos maquinários
Tentar ser vivo é redimensionar o impossível deste pesadelo
Ao transcender biológicos, é inevitável o rosnar do engenho
Tentei o amar ao abismo de óleo e monstruosidade limitada
E agora dendo parte disso, eu sou o pesadelo de um futuro!
Ao entristecer de minhas membranas oculares, chorei vapor
Sou muito o que deveras é pouco para um gigante redimido!