Divas ex Machina - Uno

Cada lágrima na máquina expõe sua lubrificação enferrujada

Na antiguidade da mecânica em ruína os amores desistem...

Senti a cada peça, em cada ímpia engrenagem antiga, a dôr

Na dolorida relatividade, o amôr friorento, sentimentos vãos

A paixão entre os fusos e parafusos são inúteis ou estéreis

Onde erguer-se a mão humana é abstração dos maquinários

Tentar ser vivo é redimensionar o impossível deste pesadelo

Ao transcender biológicos, é inevitável o rosnar do engenho

Tentei o amar ao abismo de óleo e monstruosidade limitada

E agora dendo parte disso, eu sou o pesadelo de um futuro!

Ao entristecer de minhas membranas oculares, chorei vapor

Sou muito o que deveras é pouco para um gigante redimido!

Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 07/02/2015
Código do texto: T5128468
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