Os ventos uivantes
e um tempo inconstante
revelam horizontes
e rasgam versos feridos
e gigantes adormecidos....

dancemos a última valsa vienense
sob o luar da lua fluminense
      lá, os ventos uivantes
sopram sonhos viajantes
em vagas e ondas galopantes
e versos ofuscantes...

cantemos a última canção romântica
sob o silêncio da luz de um vagalume
e deixemos de lado a falsa semântica
e os vermes e larvas ferinas do ciúme..
      lá, os ventos uivantes..
nos transformam em ondas galopantes
sob as estrelas noturnas de Copacabana
onde vagam passageiros dessa vida insana...

sopremos a última  trombeta
sob o silêncio da lua desse planeta
      lá, os ventos uivantes
e ruidosas gaivotas viajantes
sempre repousam em Ipanema
e fazem de mim, pungente poema
um surdo bramido em alto e bom som..
que morrem nas brancas areias do Lebron...

      lá, os ventos uivantes...
      vagam nas orlas dos sonhos
      nas asas de pássaros viajantes
      onde habitam seres estranhos
      e revelam versos feridos
      e gigantes adormecidos..!

      Lá, não importa o vento e o tempo
      nem mesmo a sua velocidade
      o que importa..é a saudade..!




     30/01/2015...DIA DA SAUDADE
Marco de Nilo
Enviado por Marco de Nilo em 30/01/2015
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