O tempo que não tem tempo.
Havia um tempo
pouco distante
deste agora,
que a poesia
me fazia cócegas
na alma....
Era um tempo diferente
um tempo que eu conseguia
contar...ver nas voltas
tão constantes de um relógio.
Hoje não o vejo e nem o sinto,
não cheiro o tempo
não o abraço...nem agradeço
nem amaldiçoou.
Ele deixou de existir pra mim
ele só passa e eu nem vejo.
Não mais digo -seja bem vindo-
ou demore a passar
ou pare agora neste instante...
Não...não mais o vejo na
janela pela manhã
nem na noite que me abocanha.
Eu apenas vago...no vago do tempo,
que nem mais sei quem é ou o que é....
Apenas sei quem...e o que se foi...
e nunca mais será...
Onde afinal foi parar o tempo?
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