Tragédia Negra

A guerra, em si mesma,

São duas: a vontade

De vencer - o medo da derrota.

E nesse confronto

De idéias absurdas,

O absurdo gera o caos

Que por si mesmo gera

A guerra interior.

A paixão primitiva

Tão terrível permanece,

E tece a tônica do ódio,

Farpa inefável

Da tragédia negra,

Que varre a vento largo

Os aliados da ambição,

Restando um rastro de cinzas.

A consciência, por si mesma,

É única: a energia

Que vence os conflitos.

E nessa convicção

De ideias vívidas,

A vida gera a harmonia

Que por si mesma gera

A paz interior.

(Maurício Apolinário)

Maurício Apolinário
Enviado por Maurício Apolinário em 01/06/2007
Reeditado em 23/05/2020
Código do texto: T509350
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