GATILHOS DE SANGUE
Gatilhos de sangue;
Facas sujas no coração da fé pagã;
Orvalhos cinzas em paisagens de osso;
Campos de flores mortas!
Hoje a noite sorri vertiginosamente na sensualidade do vento;
E o frio da madrugada desvirgina solitários gemidos entre soluços abafados!
Quisera eu uma dose de amarga bebida;
Como o néctar embriagante de leprosos soldados;
E passear pelas colinas sobre as fogueiras de bruxas;
Quando agulhas negras perfuram olhos de vidro,
em versos maldizentes de profano
amor!