Sinto-me tua sem o ser na verdade!
Eis que me roubas um beijo, cavalheiro amante
Sigo tua sombra, andas por meu quarto em silêncio
Teus olhos negros, tua face rude, mostra-me tuas vontades
Não ignoro teu sonho, pois faço parte dele...
Não há caminhos que não percorreremos, nosso caminhar é um
Me procuravas a décadas, por todo canto, que encanto!
Te vi em estrada longínqua tão longe de mim
Sinto-me tua sem o ser na verdade...
No teu olhar negro, estava eu desenhada nele
Feito princesa, quem sabe tua dama, sendo tua por nosso desejo
Desejo longo, de tanto tempo
Não ignoro teu sonho, pois faço parte dele...
Venham dias, venham noites, madrugadas
De botões em flores a desabrochar, ou quem sabe das folhas ao cair
num frio leve, doce serenata
Mesmo estando longe meu cavalheiro amante
Sinto-me tua sem o ser na verdade!