Luzes dos lampiros

Luzes dos lampiros

Estou aflito com esta sonolência de entulhos.

Brota nas minhas gemas e não me deixa adormecer.

Ouço murmúrios, peso nas costas com embrulhos.

Mas o inusitado indivíduo do arraial quer me vencer.

Que estrada tão distante, sem marcação e sem blitz.

Vejo as luzes dos lampiros com as traves pesada.

A atração do astro na minha cabeça desenha em giz.

Tomba portas, um apinhado de muros do nada.

Então vou almejando pra ver e atender a porta.

O tateio está perto, mas tem espigão quebrado.

Espinhos dentro de mim, nessa minha vida torta.

Molho com mãos a doce rosa do amor esperado.

Tem ataduras sobre as pontas com uma chegada.

A noite propagou o alvorecer que minha tez repele.

Ao lado da epiderme fico preocupado com a virada.

Então vou dormir com meus olhos cheios de pele.

O NOVO POETA. (W.Marques).