A ESCOLA MARIA

Escola Maria, mãe dos órfãos do sistema.

Um corredor aguarda os discípulos

Lições em sinfonia

A educação é o lema

Um educando, antecipa a mão, mendigando um pouco de esperança.

É o menino do olho brilhante

A pupa na metamorfose errante.

Maria acolhe e faz acontecer.

Na sala das línguas, as fadas letradas

anunciam em rima o soneto alvorecer

Em outra sala, o menino inquieto.

Persegue as formas geométricas com régua na mão

Brincando com triângulos, descobre o número três.

Os matemáticos riem, um número desnudo.

Incompatível com a sua precisão

Segurando o menino pela mão

Um cordado o leva para a sala das ciências.

Joaninhas que parecem fuscas pequeninos,

São artrópodes aprendidos pela imaginação

Do lado de fora,

a geografia explícita em relevo

Planícies, serras e montanhas

Em lição, o menino aprende que abaixo do Equador o sofrimento é latente.

História com sua sabedoria

Em momento de êxtase

Expõe os grandes imortais

E o menino repleto de alegria

vai abandonando o casulo da ignorância.

Inglês já não é mais barreira,

literatura abraça Manuel Bandeira,

religião vira religiosidade,

que em ética adorna uma feliz liberdade.

Amaury Júnior
Enviado por Amaury Júnior em 14/12/2014
Reeditado em 16/07/2016
Código do texto: T5069581
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.