CORTINAS DE FOGO

Os olhos do vale das sombras

Tais como sombrias assombrações

Tem garras afiadas e afins

Que rasgam as ondas do tempo

E atravessam as paredes de pedras

Erguidas nas construções...

Camuflados por detrás das encostas

Indiferentes à palma da mão

Inconsequentes a era de Eva

A maçã, a serpente e a face de Adão

Crivados entre as feras das trevas

Como vultos na escuridão...

Entre as verdes cortinas do jogo

Com as retinas em erupção

Os olhos do vale das sombras

São enigmas ao redor do vento

Que rompem as trincheiras de fogo

Como as flechas da imaginação...

Autor: Valter Pio dos Santos

08/Dez/2014 - (Letra)

Valtin Kbça Dipoeta
Enviado por Valtin Kbça Dipoeta em 08/12/2014
Reeditado em 08/12/2014
Código do texto: T5062452
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