AS FLORES DA MESTRA

Soltos os risos

Invadem a sala

Chegaram as flores

No espaço vazio

Brincam e pulam

Crianças felizes

Antes que sintam

Da vida o frio!

Silêncio. silêncio

Implora a mestra

É só um instante

Eu quero falar...

Mas é tão doce

O perfume das flores

Que a mestra querida

Se deixa encantar!

Existem as rosas

Tão puras e belas!

Existem o cravo

O lírio, o jasmim

Também a violeta

Ali escondida

A haste pendida

Tão triste a cismar!

É que as flores dos pobres

São murchas, às vezes

Recebem os ventos

Que sopram do estio!

No quadro, as letras

Já dançam com graça

E a mestra querida

Se põem a pensar:

Bem que eu queria

Poder conversar

Brincar de esconder

Quem sabe cantar!

Mas estou presa

É o destino

É a vida

A minha missão

É as flores regar!

Poesia dedicada a todos os bons professores.