Tudo sobre rios e nadas sobre almas

não canso de molhar as mãos

na tepidez da pele que corre em desespero,

como se o mar fosse seu único afago.

nunca canso de pernoitar meus versos

no delta aberto pra me afogar.

não sei se morro

enquanto boio

ou debato-me no tempo

abstraindo experiência

se o sabes,

conta-me desses rios

que atravessam minh'alma.

não,

não diga das superfícies

douradas de sol

com estrias estampadas pelo lufar das velas...

são tolos sorrisos que o prazer

alimenta

diz-me dos leitos

preenchidos em segredos

que meus olhos nunca conseguem

mergulhar...

MarySSantos
Enviado por MarySSantos em 04/12/2014
Reeditado em 16/08/2016
Código do texto: T5058843
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