Tudo sobre rios e nadas sobre almas
não canso de molhar as mãos
na tepidez da pele que corre em desespero,
como se o mar fosse seu único afago.
nunca canso de pernoitar meus versos
no delta aberto pra me afogar.
não sei se morro
enquanto boio
ou debato-me no tempo
abstraindo experiência
se o sabes,
conta-me desses rios
que atravessam minh'alma.
não,
não diga das superfícies
douradas de sol
com estrias estampadas pelo lufar das velas...
são tolos sorrisos que o prazer
alimenta
diz-me dos leitos
preenchidos em segredos
que meus olhos nunca conseguem
mergulhar...