Relógios Infectados.

Relógios Infectados.

Que noite longa esta noite

Que até parece ser infindável,

Relógios parados nos corredores

E noticias nada agradável.

Uns passam com seus carrinhos

De lixos e expurgos carregados,

Restos que já não servem mais

E que depois serão queimados.

Um entra e sai de doutores

Vestindo seus brancos aventais,

Frios, semelhante a pedras

Por emoções que já não sentem mais.

E nos muitos leitos moribundos

Em seus rostos estampada a agonia,

O coração acelerado, um fino fio de vida

E os relógios parados; será noite ou será dia?

E ninguém soube explicar-me

Esse mistério escondido,

Ah! Agora eu sei; foi uma infecção hospitalar

E todos os relógios perderam o sentido.

Guel Brasil
Enviado por Guel Brasil em 26/11/2014
Código do texto: T5049433
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