Atravessando Ruas Invisíveis
Atravesso ruas invisíveis
Traduzo sentimentos indizíveis
O meu choro forma um rio
E o estouro soa macio.
A vida vai sendo costurada
E sendo enchida de retalhos
Minha estrada não tem atalhos
Penso se está na hora mudar a jornada.
A verdade vem à tona
A mentira vai a galope
A falsidade detona
Como bomba da tropa de choque.
São sempre as mesmas:
Desculpas
E nem sempre os mesmos:
Culpados.
A dor permanece
O amor arrefece
O suor aquece
A cor desaparece.
E tudo isso não é nada.
E nada tem a ver com tudo isso
É durante a madrugada
Que acontece o sumiço.
Se tudo que escrevi antes
Não tem sentido
É por que diante
De mim tudo está perdido.
28/05/07