Olhe bem!

O espelho reflete o desmazelo do quarto...

Sapatos que já não trilham caminhos,

estão jogados pelo chão...

Fantasias que já não buscam plateias, esparramadas pela cama...

Sonhador que já não se analisa mais no espelho encolhido num canto...

Um ar de tanto faz se mistura às imagens...

Um ser nu, se deixa entrever...

Um riso debochado se adivinha...

Caramujo à descoberto se empertiga à surpresa...

Devore-te dessa vez, a inverdade do espelho!

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 20/11/2014
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