" SOU TUDO, SOU NADA "


Fartura na mesa,
Aranha na teia,
Canto de sereia,
Sou um pouco de tudo,
A boca cheia,
O silêncio do mudo.

Sou mãos calejadas,
Sou rio que corre,
Sou água parada,
Com sede de chuva,
Sou a mão e a luva,
Sou terra rachada.

Entretando ou contudo,
Se a história é inédita ou já foi contada,
Entre a lógica e o absurdo,
Michelangelo ou Miguel de Cervantes,
É irrelevante,
Sou tudo, sou nada.
PauloRobertus
Enviado por PauloRobertus em 17/11/2014
Reeditado em 17/11/2014
Código do texto: T5038845
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