Quimera

Quimera

E tristemente descendeu sobre mim,

Em solitude fez morada de escuridão.

Numa catarse dentro de meu coração,

Desalentado, eu fui ao encontro de ti.

E repentinamente me ocorreu temor,

Desertificado por sentimentos cruéis.

Quem é você que me traz tormentos?

Repousando em meus solos inférteis.

Na tua dormida silenciosa, me revelei.

Fui imensa luz nas trevas que te cobria.

Tu despido, eu vi a arte além de panos.

Não era mais aquela, outra noite vazia.

Em teus olhos fechados eu vi tua sede,

Fui manancial para que bebesse a mim.

Além dos poros, desaguei em teu corpo,

Uma forte corrente arrepiante a te tinir.

E esta visão desapareceu de meus olhos,

Evadiu-me sorrateira, deixou-me atônito.

Mas anelo outra vez ter-te nas fantasias,

Embales os meus sonhos, eu o faço existir.

Victor Cartier

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 14/11/2014
Reeditado em 14/11/2014
Código do texto: T5034567
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