Quimera
Quimera
E tristemente descendeu sobre mim,
Em solitude fez morada de escuridão.
Numa catarse dentro de meu coração,
Desalentado, eu fui ao encontro de ti.
E repentinamente me ocorreu temor,
Desertificado por sentimentos cruéis.
Quem é você que me traz tormentos?
Repousando em meus solos inférteis.
Na tua dormida silenciosa, me revelei.
Fui imensa luz nas trevas que te cobria.
Tu despido, eu vi a arte além de panos.
Não era mais aquela, outra noite vazia.
Em teus olhos fechados eu vi tua sede,
Fui manancial para que bebesse a mim.
Além dos poros, desaguei em teu corpo,
Uma forte corrente arrepiante a te tinir.
E esta visão desapareceu de meus olhos,
Evadiu-me sorrateira, deixou-me atônito.
Mas anelo outra vez ter-te nas fantasias,
Embales os meus sonhos, eu o faço existir.
Victor Cartier