VALSA
É doce e aflito o pulsar que ora me chega
por esse vento que me vem de longe e, leve,
vem e reclama as feitas frases fracionadas
vem insistente num compasso claro e vivo
vem sussurrando em sibilantes aliterações
Como orquestrasse uma valsa vianense
os seus acordes rodopiam pelos rubros salões,
incitam intensas vibrações nas doidas cordas
e acordando as sensações então dormentes
valsam-me enquanto verto em verso ebulições
VALSA – Lena Ferreira - nov.14