Oh! Flâmula verde!
Oh! Flâmula verde
Que tantas vidas nutre
Onde está teu doce gosto
Se tantas vidas são amargas...?
Verdes canaviais da minha terra
Onde tudo medra, tudo dá...!
Por que neste solo tão fértil
Há tantas vidas sem vida?
Se teu chão, o homem prepara!
E nele, outras vidas se plantam.
Umas brotam esperanças
Outras, a terra consome.
Solo de batalhas infinitas
De guerras secretas
De revoluções perdidas
De sonhos desfeitos
De homens varonis
Que outrora
Gritavam por liberdade
Por que hoje
Tu vives esquecida
Feneces aos poucos
Ínfima e infeliz.
Terra
Que alimenta este planeta
Teu coração chora
Na dor do teu povo
E teus tempos de glória
Não voltam mais
São eternas lembranças
Dos teus ancestrais.
Autor: Edmilson Silva
Joaquim Nabuco-PE
Maio, 01 de 1998