Oh! Flâmula verde!

Oh! Flâmula verde

Que tantas vidas nutre

Onde está teu doce gosto

Se tantas vidas são amargas...?

Verdes canaviais da minha terra

Onde tudo medra, tudo dá...!

Por que neste solo tão fértil

Há tantas vidas sem vida?

Se teu chão, o homem prepara!

E nele, outras vidas se plantam.

Umas brotam esperanças

Outras, a terra consome.

Solo de batalhas infinitas

De guerras secretas

De revoluções perdidas

De sonhos desfeitos

De homens varonis

Que outrora

Gritavam por liberdade

Por que hoje

Tu vives esquecida

Feneces aos poucos

Ínfima e infeliz.

Terra

Que alimenta este planeta

Teu coração chora

Na dor do teu povo

E teus tempos de glória

Não voltam mais

São eternas lembranças

Dos teus ancestrais.

Autor: Edmilson Silva

Joaquim Nabuco-PE

Maio, 01 de 1998

EdSilva
Enviado por EdSilva em 05/11/2014
Reeditado em 03/12/2021
Código do texto: T5023810
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