PARADOXOS
PARADOXOS
Quando partimos do fim
Para chegarmos ao começo
Quando então canto calo
Quando falo emudeço
Quando no inverno sou chuva
No outono então empalideço
Quando na primavera germino
No verão recalcitrante umedeço
Quando da lembrança sou início
No esquecimento só estremeço
Quando na penumbra sou luz
Na luminosidade escureço
Quando no deserto sou lama
Mas se na lama então floresço
Quando no pântano sou savana
Mas se no paraíso padeço
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