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Surreal


Deito meus sonhos inertes
Sobre a esteira do dia
Para que eles despertem,
Sem perder a fantasia.

Um pássaro chega, e pousa,
Traz nas asas a magia
E os meus olhos sonolentos
Voam com ele em seu dorso.

Busco um sonho sem remorsos,
Ainda úmido e inocente
Recém-nascido, parido
Da boca aberta de um deus.

Teço as cobertas da noite
Com fibras dos sonhos meus...
E perfumo com incesos,
O meu taciturno silêncio.


Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 25/10/2014
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