ASTRAIS
No céu das noites da vida
Sempre a brilhar estrelas haviam,
Reluzindo na distância perdida
Mudas, impávidas, infinito exibiam.
Aspirando ancestral passeio noturno
Sob calor atemporal de astros
Busco jornada insólita sem rumo
Navegando jangada ao mar em sobressaltos.
Na cegueira da bruma, surge um lume
No silêncio eterno, um brilho em coro
Estrela que canta meu nada assume
O leme guia para aportar porto seguro.
Ilha virginal no tempo esquecida
Renovada ao som vital do amor
Desafias intrépido náufrago da vida
Nos teus braços ser desbravador.