Psicologia poética
Eis que a flor não sabe que é primavera
Eis que a dor não sabe que é inverno.
É preciso sofrer razoavelmente.
É preciso entremear o silêncio
num tropel de palavras.
E os sentidos devem abandonar-se no deserto.
No calor tácito do oásis.
Ou nas flores nascentes e no frio iminente.
Eis que a lágrima não sabe
o que é sofrimento...
o que é agonia...
Percorre a face em lisura
Eis que tudo é tão subentendido.
tudo está paralelo e implícito.
Tudo está repleto de ausência
e silêncio.
De excremento e expressão.
Traço a trissetriz e resolvo
o problema trigonométrico.
Três partes de mim persistem:
o eu, o superego e o inconsciente.
Uma parte, é sábia, a outra é aprendiz e
por fim a herdeira atávica.
Desconfio muito das auto-imagens
Assim como percebo a traição nos espelhos.
Eis que as nuvens emcobrem o azul do céu.
Mas o azul é fictício.
Eis que ensino aos iguais
para fazê-los diferentes;
Eis que ora somos moldura e
ora somos telas.
Somos o contágio das cores...
Mas na vertigem do entardecer.
Sangraram todas saudades mórbidas.
Eis que a folha não sabe é outono.
E mesmo assim seca se larga
ao sabor do vento...
Eis que somos a caça e o caçador.
Somos a presa e o tiro certeiro
que alcança o arco da promessa,
ou a ameaça de existir...
Eis que viemos do pó
e retornaremos a ele...
Na poeira das galáxias
No brilho da estrela cadente
E na contida existência
enigmática e medida.
Construída de metáforas e paradoxos.
De palavras e silêncios.
De antíteses e sinônimos.
De frases completas sem nexo algum.
Eis que incorporamos a visão
mas sobrevivemos na miragem
Eis que a luz
nos faz plenos e circunspectos.
Ao mesmo tempo que nos cega.
Aos extremos
e se cumprimentam
no avatar
quando posso ser um deus, uma criatura
e uma floresta.
Densa, diversa e complexa.
Escassa, unívoca e simples.
Devasta pela ignorância do homem.
Eis que a flor não sabe que é primavera
Eis que a dor não sabe que é inverno.
É preciso sofrer razoavelmente.
É preciso entremear o silêncio
num tropel de palavras.
E os sentidos devem abandonar-se no deserto.
No calor tácito do oásis.
Ou nas flores nascentes e no frio iminente.
Eis que a lágrima não sabe
o que é sofrimento...
o que é agonia...
Percorre a face em lisura
Eis que tudo é tão subentendido.
tudo está paralelo e implícito.
Tudo está repleto de ausência
e silêncio.
De excremento e expressão.
Traço a trissetriz e resolvo
o problema trigonométrico.
Três partes de mim persistem:
o eu, o superego e o inconsciente.
Uma parte, é sábia, a outra é aprendiz e
por fim a herdeira atávica.
Desconfio muito das auto-imagens
Assim como percebo a traição nos espelhos.
Eis que as nuvens emcobrem o azul do céu.
Mas o azul é fictício.
Eis que ensino aos iguais
para fazê-los diferentes;
Eis que ora somos moldura e
ora somos telas.
Somos o contágio das cores...
Mas na vertigem do entardecer.
Sangraram todas saudades mórbidas.
Eis que a folha não sabe é outono.
E mesmo assim seca se larga
ao sabor do vento...
Eis que somos a caça e o caçador.
Somos a presa e o tiro certeiro
que alcança o arco da promessa,
ou a ameaça de existir...
Eis que viemos do pó
e retornaremos a ele...
Na poeira das galáxias
No brilho da estrela cadente
E na contida existência
enigmática e medida.
Construída de metáforas e paradoxos.
De palavras e silêncios.
De antíteses e sinônimos.
De frases completas sem nexo algum.
Eis que incorporamos a visão
mas sobrevivemos na miragem
Eis que a luz
nos faz plenos e circunspectos.
Ao mesmo tempo que nos cega.
Aos extremos
e se cumprimentam
no avatar
quando posso ser um deus, uma criatura
e uma floresta.
Densa, diversa e complexa.
Escassa, unívoca e simples.
Devasta pela ignorância do homem.