ENIGMAS DA CHUVA
Rasgavam o amanhecer
Nuvens escuras
Anunciando um temporal
A chuva caia inclemente
Feito uma cortina de prata
Que dançava ao vento
Através do vidro da janela
Eu admirava a natureza
Com pavor e encantamento
Percebendo um ciclone em meu peito
A luz dos relâmpagos
Piscavam granizos
Dentro de meus olhos
Lembrava de mim
Que já fui temporal
Arrancando ilusões
Como se fossem árvores
Alguém atrás dos vidros
Espiava ao mesmo tempo
Encantado e assustado
Com os raios e os trovões
Que caiam do céu
E dentro de mim se instalavam
Hoje sofro a erosão de sentimentos
Mas não sou mais temporal
Sou apenas uma chuva branda
Que se apossa de ti
__________________
11.09.14
ps. TRABALHO DA minha aluna revisado por mim.